A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará os atos do 8/01 foi instalada em Brasília. A abertura estava engavetada há quase um mês, já que integrantes e aliados do governo eram contra a instalação da mesma.
O objetivo é trazer à tona mais informações e esclarecimentos sobre os envolvidos, financiadores e todo o entorno que ocasionou a invasão de Brasília na data. O prazo inicial dos trabalhos é de 120 dias, mas pode prorrogar. Segundo o presidente da CPMI, as sessões da comissão serão somente às quintas, pela manhã — evitando atrapalhar a agenda de outras pautas e votações.
Vamos às duas teses iniciais: 1) Na visão dos aliados do governo, houve uma tentativa clara de golpe, e achar que poderes públicos tiveram responsabilidade pelos ataques não passa de uma “teoria conspiratória”.
Segundo eles, há uma ligação entre integrantes e apoiadores da gestão de Bolsonaro além com os financiadores dos atos. Jair, inclusive, deveria ser convocado para prestar esclarecimentos na CPMI.
2) A oposição, por sua vez, quer demonstrar que houve incompetência por parte do governo Lula, principalmente do ministro da Justiça, Flávio Dino, e envolvimento de Gonçalves Dias, que sumiu depois da divulgação dos vídeos do dia.
Para eles, mesmo cientes de que uma quantidade grande de ônibus chegaria a Brasília na manhã daquele domingo, nada foi feito por parte de Dino ou pelo GSI.
Você já ouviu esse termo antes…
O termo CPI ficou mais conhecido para os leigos no ano de 2021, quando a CPI da COVID dominou as manchetes e investigou ações e omissões do governo federal da época. O resultado foi um relatório mil páginas e sugeriu o indiciamento de 78 pessoas e 2 empresas.