Na sexta-feira, a estatal russa Gazprom anunciou que não vai retomar o fornecimento de gás natural pelo Nord Stream 1 — o maior gasoduto entre a Rússia e Europa —, desligado em agosto.
Se, antes, a empresa dava como justificativa problemas técnicos, agora, parece que o buraco é mais embaixo.
Pela primeira vez, o porta-voz do governo russo admitiu que a interrupção se deve às sanções impostas ao país, dando a entender que o problema só será resolvido quando o Ocidente cessar os bloqueios.
Com o anúncio do corte na exportação de gás, os principais índices das bolsas europeias registraram queda de mais de 2% na segunda-feira.
Qual a relevância?
A declaração aumenta as incertezas sobre a dura crise energética na Europa. O aumento da inflação nos países impacta nas decisões dos investidores em colocar recursos no mercado europeu. A tensão no Velho Mundo ainda deve render alguns capítulos…
A segunda-feira foi animada na Bolsa brasileira. Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,21%, aos 112.203 pontos. O índice foi puxado pelas companhias de materiais básicos e petroleiras, como Vale, Gerdau e Petrobras. O dólar caiu 0,59% frente ao real, fechando o dia a R$ 5,13.