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ECONOMIA: A pauta de hoje é sobre o futuro

Hoje não vou falar sobre o que aconteceu no final de semana… Vou falar do que vem por aí. Nos próximos dias, você, seja investidor ou só interessado em economia, deve ficar atento a alguns pontos…

Indicadores

Hoje, será divulgado o número de criação de empregos formais do Caged;
Na quarta, teremos acesso à taxa de desemprego apresentada pelo IBGE;
Na sexta, o IBGE vai divulgar o resultado da produção industrial do último mês.


No cenário corporativo; o foco estará na venda da participação restante da Petrobras na BR Distribuidora, podendo movimentar R$ 11,5 bilhões.

No exterior; o relatório de Emprego nos EUA, o famoso Payroll — todos estão esperando por isso — e a criação de vagas no setor privado do país;
PIB do Reino Unido;
Produção industrial da China.


Deu pra perceber que a virada do mês vai ser agitada, né? Boa sorte aos traders. Vai faltar café na Faria Lima, risos!

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Soja, soja, soja… E mais soja

No mês de maio, as importações chinesas de soja do Brasil subiram 82% em relação a abril.

Pensando em números absolutos… A China comprou 9,23 milhões de toneladas de soja do nosso país em maio, em comparação com 5,08 milhões de toneladas no mês anterior.

Por que o boom? Nada de muito extraordinário, economicamente falando. O aumento se deu por conta das chuvas que atrasaram a saída de algumas embarcações do BR em março e abril, fazendo com que a chegada do produto se acumulasse no mês passado.

Mas então qual a relevância? O valor foi superior ao mesmo período no ano passado, mostrando um leve aumento de cerca de 400 mil toneladas.

Olhando o todo… Talvez até mais importante que o aumento mensal, é observar os primeiros cinco meses do ano, que apresentaram queda nas exportações para os chineses — de 22 milhões de janeiro a maio de 2020 para 15,66 no mesmo período neste ano.

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O varejo preferia o lockdown?

Não que isso contrarie o anúncio que você acabou de ler, mas as vendas no varejo caíram 1,3% nos EUA em maio e, por incrível que pareça, isso pode ser uma coisa boa. Como assim?

Provavelmente, com o isolamento, você diminuiu o quanto gastava em viagens e restaurantes e passou a deixar mais dinheiro no supermercado e no e-commerce.

Ou seja… O setor de serviços estava nas baixas, enquanto o varejo segurava as pontas. Agora, é a vez dos dois coexistirem de novo. Olhem só esse gráfico:

AZUL: Restaurante ou Serviços VERMELHO: Mercados ou Varejo

Analisando o gráfico, fica claro que o destino do dinheiro das pessoas mudou durante a pandemia. Inclusive, vimos o preço de vários itens subir devido ao aumento da procura por certos produtos.

Agora, os gastos estão voltando ao normal, e pode ser que a demanda por serviços alivie a pressão das cadeias produtivas. Com certeza você ouviu que tal produto ficou mais caro porque não estava chegando durante a pandemia…Uma economia precisa de bens e de serviços para se manter equilibrada. Em 2021, os shows e aglomerações (nos países onde for possível) podem ajudar. risos.

Concluindo; uma economia precisa de bens e de serviços para se manter equilibrada. Em 2021, os shows e aglomerações (nos países onde for possível) podem ajudar.

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IPCA: Possível choque inflacionário de 2021

Ontem, foi divulgado um importante indicador para a economia brasileira: o IPCA. O índice, que mede a inflação, subiu 0,83% em maio — o maior aumento para o mês desde 1996. No acumulado, o índice agora atinge 8,06% em 12 meses.

O principal motivo para a alta foi o encarecimento das contas de luz, com a bandeira vermelha acionada após o alerta de emergência hídrica.

Pense que o aumento da conta de energia é sentido por toda a população, além de resultar em mais custos para o setor de serviços, indústrias e agronegócio. Esses custos, por sua vez, são repassados para o consumidor.

Ponto de atenção: o INCP, que mede a inflação percebida pelas famílias de classe mais baixa, chegou a 0,98%, ainda maior que o IPCA.

O aumento foi acima do esperado, fazendo com que a preocupação dos investidores com a condução da política monetária pelo Banco Central este ano crescesse.

De modo geral, a dinâmica da inflação parece precisar de um monitoramento mais próximo. O Copom — Comitê de Política Monetária — vai se reunir na próxima semana para definir quais serão os próximos rumos, com a decisão sobre a Selic.

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A comida ficando cada vez mais cara

Preços lá em cima. Pelo 12º mês consecutivo, em maio, os preços globais dos alimentos subiram. Só no último mês, o aumento foi de 40% na comparação anual.

A sequência de altas — essa não do Ibovespa — fez com que o patamar esteja no nível mais alto em uma década. O que explica isso?

Voltamos sempre à lei da oferta e da procura. A oferta está baixa e a demanda está alta, resultando em aumento de preços.

⬇️ OFERTA

Vamos dar dois exemplos aqui. Primeiro, a produção de óleos vegetais no sudeste asiático tem crescido muito lentamente. Segundo, a seca na América do Sul — inclusive no Brasil — que reduziu as safras de milho, soja, café e açúcar.

⬆️ DEMANDA

Aqui, destacamos a procura da China por milho, que está surpreendente, além de outros alimentos. Outro ponto é o grande aumento do uso global de óleos vegetais, açúcar e cereais.

Os preços só vão se regularizar quando existir uma oferta forte como resposta à grande procura. Enquanto isso, o aumento preocupa países do mundo todo, sobretudo os mais vulneráveis e fortemente impactados economicamente pela pandemia.

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Governo Federal estuda programa de geração de empregos aos mais jovens

Vem coisa nova. Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo Federal está prestes a criar um novo programa com o objetivo de capacitar jovens para o mercado de trabalho formal.

Por meio de parcerias com empresas interessadas, companhias vão ter um incentivo estatal para capacitar jovens até que possam se tornar funcionários efetivos. Uma espécie de “on-the-job-training”.

A ideia é fornecer ao jovem interessado R$ 600,00 por mês durante o treinamento. Assim, o governo pagaria R$ 300,00 e as empresas os outros R$ 300,00.

A dor que o programa resolve: No segundo trimestre de 2020, a taxa de desemprego no país entre jovens (18 a 24 anos) era de 29.7%, enquanto a taxa para adultos no geral gira em tono de 13%.

Qual a expectativa? O ministério espera que sejam criadas duas milhões de vagas com a iniciativa, e Guedes disse estar em negociação com algumas empresas grandes.

O cenário esperado é que todo mundo saia ganhando. O governo promove a economia, a empresa ganha um treineiro interessado e o jovem se qualifica para o que poderá se tornar seu emprego efetivo.

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Brasil terá sua própria moeda digital

Não se sabe quando, mas o caminho está se abrindo. O Banco Central divulgou, ontem, as diretrizes para a criação de uma moeda digital, como uma extensão da moeda física.

O BC diz que tem promovido discussões internas e internacionais sobre o tema, buscando acompanhar a evolução tecnológica da economia brasileira.

Um ponto de atenção… O responsável pela provável futura frente realçou que a moeda digital será diferente das criptomoedas. Segundo ele, os criptoativos — como o Bitcoin — têm características de ativos, não de moeda. Sobre esses, o Banco Central continua opinando serem arriscados.

Quais as diretrizes? Aqui estão algumas:

Ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores;

Previsão de uso em pagamentos de varejo;

Capacidade para realizar operações online e, eventualmente, até offline.

Mas vai demorar… A expectativa é que as condições necessárias para a implementação da moeda sejam reunidas em dois ou três anos. Será que, no futuro, o dinheiro físico vai se tornar obsoleto?

Mudando de assunto…

Nessa quinta-feira, acontecerá o Dia Livre de Impostos. Para quem não conhece, nessa data, lojistas prometem descontos de até 70%, sem os tributos cobrados pelo governo. São mais de mil lojistas de todo o país participando e, dessa vez, o evento incluirá o online.

A iniciativa é promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem, com o objetivo de alertar a população sobre o alto volume de impostos pagos e sensibilizar as autoridades sobre a carga tributária que recai sobre o setor varejista.

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A cerveja na contramão da economia

Enquanto o PIB tombou 4,1% em 2020, a venda de cerveja no Brasil cresceu 5,3%, alcançando o maior volume desde 2014, quando sediamos a Copa do Mundo.

Com os bares e restaurantes fechados, você deve imaginar que o consumo migrou para dentro de casa. O percentual de brasileiros que consumiu cerveja no conforto do sofá atingiu o recorde de 68,6%.

É uma tendência global? Pior é que não! Estamos mesmo bebendo mais. Fomos o único entre os 5 maiores mercados de cerveja a crescer tanto em valor quanto em volume em 2020. Nos EUA, por exemplo, houve queda de 3,4% em termos de volume.

Uma das explicações do crescimento por aqui é o comportamento de busca por relaxamento e algum tipo de prazer. Como consequência, o chamado “off-trade” (supermercados e online) saltou 17,6%.

E tem empresa surfando nessa alta. A Goomer, startup que digitaliza bares e restaurantes, recebeu recentemente um aporte de R$ 15 milhões. A empresa, que até então fornecia cardápios digitais em tablets e totens, montou um sistema para facilitar operações de delivery, sem taxa.

A plataforma criou uma ferramenta para que seus clientes, bares e restaurantes, criassem cardápios digitais — compartilháveis através de um link — e recebessem pedidos sem ter de pagar as altas comissões dos aplicativos.

E como monetizam? A empresa lançou sua versão paga, a GoomerGo, com recursos como um painel com o histórico de pedidos e uma ferramenta de cálculo de entrega. Agora, a projeção é pular de 20 mil para 50 mil estabelecimentos ativos nesse ano.

Voltando ao consumo de álcool, outros mercados que cresceram ainda mais que o da cerveja:

Gin – 13,2%

Vinhos – 15,2%

Cigarros – 12,3%

Como é segunda-feira… Com base no seu último final de semana, se depender de você, 2021 será mais um ano de recorde ou o mercado vai retrair?

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Argentina interrompe exportação de carnes por um mês

A Argentina, um dos 5 maiores exportadores de carne do mundo, anunciou a suspensão de suas vendas para o exterior por 30 dias.

Por quê? Para conter a alta dos preços, já que a cotação da carne subiu mais de 60% para os argentinos só em abril, aumentando os temores de inflação.

O raciocínio: Se não podem vender pra fora, os produtores vão aumentar a oferta no país, o que tende a fazer com que os preços locais caiam. Há quem diga, no entanto, que o sistema funciona em ciclos — sendo o atual momento um ciclo de alta — e que não exista essa relação direta entre as exportações e o preço interno da carne.

Em resposta, associações agrárias patronais, que não gostaram nada da decisão, decidiram protestar e suspenderam a venda de seus produtos de 20 a 28 de maio. Lockout.

Mas o que o Brasil tem a ver com isso?

Nós exportamos mais carne que os hermanos, logo, a decisão nos afeta diretamente. Para compensar a redução da oferta argentina, a demanda externa, principalmente da China, deve precisar de mais carne brasileira, o que favorece nossos produtores.

Por outro lado… Isso pode abrir espaço para que o preço da carne também aumente por aqui, renovando possíveis máximas. Só para lembrar, em 2020, a carne bovina subiu 35,22%, sendo um dos motivos a alta na exportação.

E as empresas brasileiras? As ações da Marfrig e da Minerva, listadas na Bolsa, caíram ontem. Isso aconteceu porque ambas operam no país vizinho, e, se os produtores argentinos vão lotar os açougues, vai sobrar menos espaço para elas. Tudo interligado…

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Ibovespa inicia a semana com melhor desempenho comparado a Wall Street

Ontem foi melhor aqui do que lá fora. Ao contrário de Wall Street, o Ibovespa fechou em alta de 0,87% ontem, aos 122.937 pontos.

Por que lá deu ruim? Aumento dos números da COVID-19 na Ásia, dados meia-boca da China e preocupações com a inflação nos EUA.

Por que aqui deu bom? Vale e Petrobras. As duas ações tiveram alta ontem, e, por representarem mais de 20% da carteira teórica do Ibovespa, seus resultados influenciam — e muito — o fechamento.

Destaques corporativos:s ações da Enjoei e da Méliuz, novas no Ibovespa, despencaram ontem depois da divulgação de seus resultados. Os papéis da Enjoei caíram 8,19% e os da Méliuz 7,09%.

Para a empresa que estreou ontem na B3, a GetNinjas, o dia também não foi dos melhores, já que suas ações fecharam a segunda-feira com queda de 3,75%.

E o dólar? A moeda americana caiu um pouco, 0,09%, cotada a R$ 5,26.