A Petrobras anunciou, ontem, o fim da paridade de importação de preços de petróleo e combustíveis derivados, que alinha os preços locais aos internacionais.
Essa política foi adotada durante o governo de Michel Temer e, na prática, fazia com que as mudanças fora do país refletissem quase que automaticamente no mercado interno.
Pense que, se o preço do barril de petróleo subisse por causa da Guerra da Ucrânia, por exemplo, a sua gasolina seria afetada.
E como fica agora? A nova estratégia pretende tornar os preços mais competitivos e vai usar duas referências de mercado: 1) o custo alternativo do cliente e 2) o valor marginal para a Petrobras.
Direto ao ponto, de um jeito fácil de entender, significa que a empresa não é mais tão impactada pelo cenário do mercado e passa a ter um controle maior de seus preços.
Por um lado, antes havia alguma previsibilidade de preços. Por outro, agora, a tendência é uma maior preocupação com manter os preços baixos.
E já veio redução! Pegando o embalo, pouco depois da divulgação da mudança de política, Jean Paul Prates também anunciou uma redução considerável nos preços dos combustíveis.
A gasolina cairá R$ 0,40/litro, chegando a R$ 2,78, um recuo de 12,6%;
O diesel cairá R$ 0,44/litro, passando para R$ 3,02, uma redução de 12,8%;
O botijão de gás de cozinha, passando a ficar abaixo de R$ 100. com uma redução de 21,3%.
Todas essas quedas devem impactar consideravelmente no freio da inflação, uma vez que são produtos usados por empresas de toda a parte da cadeia produtiva.
Zoom out: A mudança da política em 2016 foi um dos fatores que fez a Petrobras sair do prejuízo, mas subir seus preços acima da inflação. No entanto, o governo Lula enxerga que uma estatal não deve pagar lucro aos acionistas, e sim focar em garantir o produto mais barato para a população.