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O interminável conflito

Há exatos seis meses, a Rússia invadia a Ucrânia para tentar tomar a capital, Kiev, em uma ofensiva rápida.

Mas a coisa não saiu como o esperado e o conflito armado continua acontecendo…
A guerra já matou mais de 5 mil civis na Ucrânia, tendo vitimado algo próximo a 9 mil soldados ucranianos e 15 mil russos. Estima-se, ainda, que são 6 milhões de refugiados.

O impacto econômico. As sanções econômicas de países do ocidente à Rússia e a resposta de Putin estão gerando problemas ao redor do mundo. Crise energética, inflação galopante e incertezas estão rondando o cenário econômico mundial.

A Rússia ocupa cerca de 20% do território ucraniano e quer realizar referendos nas regiões anexadas, nos mesmos moldes do ocorrido na Crimeia.

Putin está oferecendo cidadania aos residentes, além de estar adotando símbolos russos, referências à União Soviética e adoção do idioma russo.
As mudanças não param por aí. As escolas das áreas ocupadas estão adotando o currículo russo, além dos cidadãos serem incentivados a seguirem leis tributárias russas.

Em uma palavra: incerteza. Depois de longos seis meses, muitas peças estão sobre o tabuleiro — e parece que os jogadores estão só começando o duelo.

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ESPORTES MUNDO

Polêmica no esporte resulta em processo bilionário

A campeã Simone Biles e outras 90 ginastas norte-americanas processaram, ontem, o FBI em nada menos que 1 bilhão de dólares.

Qual o motivo? As atletas acusam o órgão de ser negligente no escândalo de abuso sexual pelo ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos.

A acusação é de que o FBI trabalhou com a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico — durante mais de um ano — para esconder a informação do público.

Nesse meio tempo, o ex-médico Larry Nassar, que cumpre prisão perpétua, teria continuado agredindo meninas e mulheres jovens. O argumento geral é que as vítimas foram traídas por instituições que deveriam protegê-las.

Lembrando… Em dezembro de 2021, as autoridades esportivas norte-americanas concordaram em pagar US$ 380 milhões em indenização às vítimas de Larry Nassar. Agora, o processo bilionário foi para a polícia.

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A América além da América

Nesta semana, está rolando a Cúpula das Américas de 2022, que começou com polêmica, já que alguns convites “não chegaram”. Os Estados Unidos deixaram de fora países como Venezuela, Cuba e Nicarágua, sob a justificativa de estarem sob governos autoritários.

Como resposta, o presidente do México desprezou o convite, avisando que não iria. Pela primeira vez, o governo dos EUA teve que ir aos países convencê-los a participar. O líder argentino, Alberto Fernández, também pediu mais unidade na região, lamentando a ausência de vários países americanos.

Bolsonaro vai? Sim, senhor. Esse será o primeiro encontro do presidente brasileiro com Biden. O aperto de mãos entre os dois — que acontecerá em Los Angeles — deve ter como pauta o meio ambiente e a agenda econômica.

A relevância… Os EUA sempre tiveram grande influência na América, mas isso está enfraquecido. Joe Biden quer alavancar acordos comerciais com os países da região, sobretudo em torno da recuperação econômica depois da COVID-19.

Um dos destaques de ontem foi o anúncio dos EUA de que empresas investirão US$ 10 bi na América Central, acreditando que isso vá ajudar a diminuir a imigração.

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Boris Johnson continua como premiê do Reino Unido

Depois de enfrentar um voto de desconfiança, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, permanecerá no cargo.

Contextualizando: Um relatório investigou 16 eventos que ocorreram no coração do governo enquanto o Reino Unido vivia sob restrições por causa da COVID-19. O escândalo — chamado de “Partygate” — abalou a liderança de Johnson.

Pelas regras do Partido Conservador, em situações como essa, os parlamentares podem enviar uma carta confidencial de desconfiança ao presidente do Comitê de 1922 — grupo de legisladores que não ocupam cargos no governo. Se 15% dos parlamentares enviarem essa carta, é aberta uma votação dentro do partido para decidir se o primeiro-ministro continua no cargo. Para retirá-lo, seria preciso mais da metade dos votos dos conservadores.

Resultado… 211 deputados apoiaram Johnson na votação, enquanto 148 votaram contra ele, ficando decidido que o premiê deve permanecer no cargo. Porém, nem tudo é motivo de festa. Mais de 40% da bancada votou contra um primeiro-ministro da própria legenda, refletindo um enfraquecimento de Boris.

Falando em Reino Unido… A terra da Dona Beth está começando um programa de 6 meses para testar uma semana de trabalho de quatro dias em 70 empresas diferentes. Detalhe: sem corte de salários.

Com mais de 3.300 trabalhadores, esse é o teste mais abrangente de um final de semana antecipado. Os resultados serão anunciados em 2023 e serão bem relevantes para o resto do mundo — será que o “sextou” vai virar “quitou” ? Haha! Deus, eu nunca te pedi nada, mas sua filha está pronta!

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Conflito na Ucrânia completa 100 dias

Na última sexta-feira, a invasão na Ucrânia completou 100 dias e trouxe uma infeliz previsão: a guerra será longa e está longe de acabar.

Como está a situação?

Antes da guerra começar, a Rússia controlava 7% da Ucrânia. Segundo o presidente ucraniano, Zelensky, hoje o controle está em 20%.

Não para por aí… 60 a 100 soldados ucranianos estão morrendo diariamente, além das dezenas de milhares de civis. 6,8 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia e 7,1 milhões foram deslocadas de suas casas, mas permanecem no país.

E a economia?

Com a alta da inflação, a economia na Rússia continua se mantendo pelos trancos e barrancos. Porém, por incrível que pareça, o rublo russo valorizou 21,2% em relação ao dólar dos Estados Unidos.

Por que isso ocorreu? Putin adotou medidas para forçar a comercialização de produtos e serviços na moeda local, fortalecendo o câmbio. Além disso, a Europa continua a comprar petróleo e gás de Moscou.

Só que, na semana passada, a UE fechou um acordo para cortar 90% das importações de petróleo da Rússia — cenas para os próximos capítulos.

Ao que parece, quem vê de fora, já está acostumando com a guerra. Nos EUA, as interações de mídia social em notícias sobre a Ucrânia diminuíram de 109 milhões na primeira semana do conflito para 4,8 milhões na semana passada.

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“Podem vir se divertir aqui”

É basicamente isso o que a Turquia está dizendo aos oligarcas russos, em uma estratégia arriscada.

Contextualizando… Depois da invasão à Ucrânia, diversos países impuseram sanções aos bilionários russos, como forma de prejudicá-los por sua proximidade com Putin — o que mais teve foi apreensão de iates Europa afora.

Agora, a Turquia disse que receberia os oligarcas, como turistas e investidores, além de permitir que estacionem seus bens por lá. risos.

Por que essa estratégia pode ser arriscada? O país com um pé na Europa e outro na Ásia está tentando fortalecer sua economia, mas meter a colher na briga entre e o Ocidente e a Rússia pode prejudicar a Turquia no longo prazo.

A opinião que gira por aí é que os turcos podem ser lembrados no futuro como quem ajudou o inimigo. Até agora, o país está como “neutro” — principalmente devido aos laços econômicos com a Rússia em relação à energia e ao comércio, por exemplo.

Zoom Out: A inflação na Turquia disparou 54,4% no mês passado — a maior alta em 20 anos. Além disso, o país tem o desejo de entrar na União Europeia.

Será que a Turquia pode se dar ao luxo de ser atingida por sanções por se tornar uma aliada das oligarquias, ou vale tentar uma abordagem “bem-feita”?

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Nem só de mercado vive Wall Street

Pela primeira vez, a Securities and Exchange Commission — Comissão de Valores Mobiliários dos EUA — propôs regulamentos que exigem que as empresas listadas na Bolsa divulguem suas emissões de gases de efeito estufa.

O objetivo: A SEC está tentando estabelecer um patamar mínimo de preparação das empresas em relação às consequências do aquecimento global.

Ao que parece, antes de comprarem ações de uma empresa, os investidores estão cada vez mais interessados em entender os riscos climáticos da companhia.

A ideia é que os relatórios divulguem tanto informações relacionadas às emissões de gases, quanto os impactos financeiros das mudanças climáticas e até os riscos representados por inundações, furacões ou secas — estão pedindo detalhes de tudo.

Nem todo mundo gostou…

Houve políticos que disseram que o plano está fora da área da comissão, que deveria se restringir a proteger os investidores, manter mercados justos e facilitar a formação de capital — nessa linha, resolver as mudanças climáticas não seria dever da SEC.

Zoom Out: Ainda que a decisão tenha acontecido nos EUA, ela reforça a tendência global de que, cada vez mais, economia e meio ambiente estão entrelaçados.

Aproveitando… Jerome Powell, presidente do Banco Central americano, disse ontem que a inflação nos Estados Unidos está muito alta e prometeu uma ação dura para resolver o problema. O que será que vem por aí?

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Quem faz bilionários mais rápido, a China ou EUA ?

Nessa, os estadunidenses estão perdendo. A China vem produzindo novos bilionários — especialmente mulheres — muito mais rápido que qualquer outro país.

Em relação aos EUA, a China está crescendo 3 vezes mais depressa, e as três cidades do mundo com maior concentração de bilionários ficam no país.
Falando nas magnatas do sexo feminino, mais de 60% são chinesas. Uma das explicações pode ser a antiga regra do filho único, que não permitia mais de uma criança por família, fazendo com que mulheres tivessem que fazer menos pausas na carreira.

Para saber… Hoje, são 1.133 bilionários no gigante asiático, enquanto, na terra do Tio Sam, são 716. No total, 55% dos bilionários conhecidos do mundo vêm dos dois países.

Uma diferença interessante 🇨🇳 x 🇺🇸

Enquanto, na China, a riqueza costuma vir de imóveis, produtos industriais e assistência médica, nos EUA, ela vem da tecnologia, das finanças e entretenimento — ou seja, os estadunidenses têm uma influência global maior.

Isso fica ainda mais claro ao comparar empresas em vez de pessoas: O valor total de mercado das quatro maiores empresas dos EUA — Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet — é equivalente às 500 empresas não estatais mais valiosas da China.

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Os soldados por trás das telas

A guerra entre Rússia e Ucrânia tem muitas particularidades, e uma bem inédita tem sido os ativistas hackers.

O que está acontecendo? Visando atingir a Rússia através da tecnologia, a Ucrânia pediu ajuda a hackers, para que eles se voluntariassem e partissem para o ataque.

Muitos vestiram suas fardas… Segundo especialistas, o nível de hackers voluntários na guerra da Ucrânia é algo sem precedentes.

Como eles atacam: O principal meio é lotar sites de tráfego e solicitações até que eles sejam encerrados. Dentre os alvos, estão sites do governo russo, instituições financeiras e meios de comunicação, além de ferrovias, para retardar as tropas.

Mas o outro lado também é forte… Quando se fala em ataques hackers, a Rússia é experiente. Segundo a Microsoft, o país foi responsável por 58% de todos os ataques cibernéticos a outras nações em 2021. Essa guerra também será virtual.

Voltando para os conflitos no mundo “real”…

Ontem, o presidente ucraniano disse que as tropas russas passaram dos limites ao atacar uma maternidade do país, deixando pelo menos 17 feridos.

Enquanto isso, a Rússia disse que vai alcançar seu objetivo de status neutro da Ucrânia, mas prefere fazer isso por meio de negociações.

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Rodada de negociações da guerra e seus updates

Ontem, na terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, o mundo viu um pequeno avanço sobre os corredores humanitários para saída de refugiados e chegada de suprimentos.

Nas duas rodadas anteriores, esse corredor já tinha sido definido, porém, a medida falhou e os ucranianos acusaram o exército russo de continuar os bombardeios na região.

Alguns negociadores, portanto, afirmam que ainda está cedo para dizer que houve, de fato, uma melhora da situação.

Sobre as negociações…

Ainda ontem, o porta-voz de Kremlin colocou as seguintes condições para acabar com a guerra:

A Ucrânia acabar com sua ação militar, deixando de reagir;
Mudar a constituição da Ucrânia, para garantir a neutralidade — em outras palavras, garantir que ela não entre na OTAN nem na União Europeia;
Reconhecer a Crimeia e as regiões de Donetsk e Lugansk como independentes.
Nos termos de Putin, esse cessar-fogo não vai sair barato. Enquanto isso, os preços das commodities disparam ao redor do mundo, com o temor de que falte de tudo um pouco.

Para citar alguns insumos, o trigo, o petróleo e o níquel são três matérias-primas essenciais que correm o risco de escassez por causa do conflito.