Mais de 200 homens contratados para trabalhar em uma vinícola na cidade de Bento Gonçalves foram resgatados em situação análoga à escravidão.
Eles trabalhavam para duas empresas que eram contratadas pelas vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton, grandes produtoras da região.
O que aconteceu? Segundo a polícia, os trabalhadores foram recrutados em Salvador, na Bahia, pela promessa de emprego temporário, com salário de R$ 4.000, alojamento e refeições pagas.
Entretanto, ao chegar lá, eles relataram atrasos no pagamento, violência física e jornada de trabalho das 5h às 20h. Também afirmaram que eram coagidos a permanecer no local de trabalho sob pena de multa.
Inclusive, segundo os envolvidos no caso, a polícia começou a investigação porque 3 trabalhadores conseguiram fugir de um alojamento em que eram mantidos contra suas vontades, informando as irregularidades.
O que dizem as vinícolas? A vinícola Aurora e as cooperativas Garibaldi e Salton disseram que se solidarizam com os funcionários e não compactuam com nenhum tipo de trabalho análogo ao de escravo.
Além disso, afirmaram que o contrato com a fornecedora que mantinha os trabalhadores nessas condições foi rompido. Já o responsável pela empresa terceirizada foi solto após pagar fiança.
Takeaway: Reforçando que esse tipo de trabalho contratado por terceiro se tornou comum nas vinícolas brasileiras, especialistas afirmam que o episódio vai afetar todo o mercado de vinho do país.